Ernesto Geisel foi um dos presidentes do país durante a ditadura militar. Teve papel de destaque no movimento de deposição de João Goulart, e assumiu a chefia do gabinete militar do presidente Castelo Branco. Em 1966, foi promovido a general. Em março de 1967, tornou-se ministro do Superior Tribunal Militar e, entre 1969 e 1973, foi presidente da Petrobrás.
Tomou posse como presidente em março de 1974. Foi durante seu governo que a ditadura começou a enfraquecer por um processo de transição à democracia, definido por ele mesmo como uma “abertura lenta, gradual e segura”. Já em seu primeiro ano no cargo, permitiu a propaganda política da oposição e aboliu a censura prévia à imprensa. No ano seguinte, no entanto, a imagem de seu governo foi manchada pela morte do jornalista Vladimir Herzog no DOI-Codi de São Paulo. Em 1977, apresentou o Pacote de Abril. No ano seguinte, teve de enfrentar a primeira greve de massa desde 1964, a dos metalúrgicos do ABC paulista, liderada por Luiz Inácio Lula da Silva. No final do mesmo ano, revogou o AI-5, cujo prazo de validade era de 10 anos, ou seja, seus efeitos expirariam no ano seguinte.
Em 15 de março de 1979, entregou o cargo para João Baptista Figueiredo. Ainda foi o presidente da Norquisa-Nordeste e do Conselho de Administração da Companhia Petroquímica do Nordeste (Copene). Morreu em setembro de 1996.
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frases
“Eu sou um sujeito profundamente democrático”
“Não creio no que andam dizendo por aí, que o povo anda triste, sem liberdade, oprimido e sob o arbítrio constante da violência”