Lourival Gaeta foi delegado do Dops de São Paulo durante a ditadura militar e atuou na Operação Bandeirante (Oban). Ingressou na polícia em 1960 como investigador e, cinco anos depois, foi lotado no gabinete do secretário de Segurança Pública. Entrou para o Dops em 1967. É acusado de torturar presos políticos e praticar violência sexual contra as militantes. Segundo a ex-integrante do Partido Comunista Brasileiro (PCB), Maria Amélia de Almeida Teles, a Amelinha, Gaeta tentou estuprá-la em uma das sessões de tortura a que foi submetida.
Em 1983, o delegado passou a prestar serviços ao Departamento de Polícia Federal, a pedido do Exército, e aposentou-se em 1992. Morreu em 1997, aos 70 anos. Em 2008, foi citado no livro “Dos filhos deste solo”, de Nilmário Miranda e Carlos Tibúrcio, como um dos responsáveis pela morte, no Dops, do militante Frederico Eduardo Mayr, em 1972.
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“Eles arrancaram minha roupa, levei choque elétrico na vagina, no umbigo, no ânus. A palmatória arrancava minha pele. Me colocaram no pau de arara. Acordei com [Lourival] Gaeta em cima de mim tentando me estuprar”, Maria Amélia de Almeida Teles, ex-presa política.