Memórias da Ditadura

Carlos Alberto Soares de Freitas

Foi dirigente e fundador da Organização Revolucionária Marxista Política Operária (Polop) e do Comando de Libertação Nacional (Colina), em Belo Horizonte. Após o Ato Institucional Nº 5 (AI-5) foi dirigente da Vanguarda Popular Revolucionária (VPR) e fundou, em 1969, a organização de luta armada Vanguarda Armada Revolucionária Palmares (VAR-Palmares). Desaparecido político, Beto, como era conhecido pelos amigos, e Breno, pelos companheiros de militância, foi preso em 15 de fevereiro de 1971, no Rio de Janeiro, e nunca mais foi visto. O Estado brasileiro nunca prestou contas sobre seu desaparecimento e seu corpo até hoje não foi encontrado.

Quatro meses após seu desaparecimento, seu irmão, Eduardo Soares de Freitas, viu um cartaz de “terroristas procurados” com uma foto do irmão com um “X” riscado por cima, numa delegacia em Itaguaí (RJ). Inês Etienne Romeu, a única sobrevivente da Casa da Morte, centro de tortura e execuções instalado por militares em Petrópolis, ouviu de seus carcereiros que Carlos Alberto havia passado por ali antes. De Ubirajara Ribeiro de Souza, o Zezão, um ex-sargento que participava das torturas na casa, ouviu a seguinte frase: “Seu amigo esteve aqui”. A frase deu título à biografia de Carlos Alberto de Freitas, publicada em 2012, de autoria da jornalista Cristina Chacel.

Lançamento do livro: “Seu amigo esteve aqui”

Matéria TV Brasil sobre lançamento do livro

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frases

  • “Quero recordar três companheiros que se foram na flor da idade. Carlos Alberto Soares de Freitas. Beto, você ia adorar estar aqui conosco. Maria Auxiliadora Lara Barcelos. Dodora, você está aqui no meu coração. Mas também aqui com cada um de nós. Iara Iavelberg. Iara, que falta fazem guerreiras como você. O exemplo deles me dá força para assumir esse imenso compromisso.”, trecho de discurso da presidenta Dilma Rousseff, durante Congresso do PT, em 2010.

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