Cemitério de Automóveis

Cemitério de Automóveis (1968), de Fernando Arrabal. Adaptação e direção de Victor Garcia. Com Ruth Escobar, Stênio Garcia, Sylvio Zilber e outros.

Estreou em setembro de 1968, no Teatro 13 de Maio. Antes de chegar ao Brasil, num convite de Ruth Escobar, a peça já havia sido montada em Paris pelo diretor franco-argentino Victor Garcia, ligado ao teatro de vanguarda. Trata-se de um espetáculo perturbador, com personagens alegóricos em situações estranhas, ao mesmo tempo poéticas e grotescas. A imagem na capa do programa dá uma ideia do choque causado pela peça: um homem deitado de costas sobre o tanque de uma motocicleta, com os braços abertos apoiados no guidão, amparado por uma mulher risonha, numa alusão irreverente à figura de Cristo.

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  • “O desempenho liberto da dicção realista, o desenvolvimento antipsicológico dos conflitos, a violência física e as evoluções acrobáticas punham diante de nós um universo inédito, cujos paralelos teóricos parecem irmanar-se ao ritual artaudiano ou mesmo grotowskiano”. Sábato Magaldi, no livro “Depois do espetáculo” (Perspectiva, 2003).