Dois Perdidos Numa Noite Suja

Dois Perdidos Numa Noite Suja (1966), de Plínio Marcos. Direção de Benjamin Cattan e Plínio Marcos. Com Ademir Rocha e Plínio Marcos.

Inspirado no conto O Terror de Roma, de Alberto Moravia, Dois Perdidos Numa Noite Suja tem sua primeira montagem no Bar Ponto de Encontro da Galeria Metrópole, em São Paulo. Num quarto de pensão, dois homens, Tonho e Paco, conversam sobre a dura sobrevivência. Aos poucos, o diálogo adquire contornos grotescos e violentos, até culminar no assassinato de Tonho por Paco. A peça, que marca a estreia profissional de Plínio Marcos, logo ganha o palco do Teatro de Arena e, no ano seguinte, sob a direção de Fauzi Arap, vai para o Rio de Janeiro, onde encontra um grande sucesso.

Ademir Rocha e Plínio Marcos em Dois Perdidos Numa Noite Suja, em 1966, no Teatro de Arena.

Ademir Rocha e Plínio Marcos em Dois Perdidos Numa Noite Suja, em 1966, no Teatro de Arena.

Links

frases

  • “Há no conflito de Dois Perdidos uma evolução crítica sobre a dissolução das classes (...) uma linguagem emocionante, despojada, termostática nas graduações da temperatura social e dramática, em que a palavra sobe e desce para determinar as situações humanas, levadas de limite em limite até o extremo fatal e inexorável de uma realidade que condena. (...) O final da peça é a hemorragia do câncer. Impiedoso. Cruel. Antirromântico”. Alberto D’Aversa, “Dois Perdidos Numa Noite Suja”, Diário de São Paulo, 27 de dezembro de 1966.