Ponto de Partida

Ponto de Partida (1976), de Gianfrancesco Guarnieri. Direção de Fernando Peixoto. Com Gianfrancesco Guarnieri, Martha Overbeck, Othon Bastos, Sérgio Ricardo e Sônia Loureiro.

Estreou em setembro de 1976, no Teatro de Arte Israelita Brasileiro. Na peça, Guarnieri volta à alegoria, depois de Um Grito Parado no Ar. Numa hipotética aldeia medieval, um poeta e humanista amanhece morto, misteriosamente enforcado na praça. Na peça, a hipocrisia prevalece, garantindo a impunidade dos assassinos. Tratava-se de uma parábola criada com o intuito de aludir à morte do jornalista Vladimir Herzog, no ano anterior. O espetáculo tem música de Sérgio Ricardo. Guarnieri arrebata os prêmios Molière, Governador do Estado, Mambembe e APCA de melhor texto.

Gianfrancesco Guarnieri em "Ponto de Partida"

Gianfrancesco Guarnieri em “Ponto de Partida”

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frases

  • “Na aldeia onde as verdades não podem ser ditas, os meios de expressão precisam ser rigorosamente dosados, para que cada gesto possa explorar até o fim o seu potencial de sugestão visual e cada palavra contribua para abrir sub-repticiamente as portas da consciência do espectador”. Yan Michalski, O Perigo das Verdades II, Jornal do Brasil, 13 de abril de 1977.