Se Correr o Bicho Pega, Se Ficar o Bicho Come

Se Correr o Bicho Pega, Se Ficar o Bicho Come (1966), de Oduvaldo Vianna Filho e Ferreira Gullar. Direção de Gianni Ratto. Com Antônio Pitanga, Cleyde Yáconis, Hugo Carvana, Marieta Severo, Sérgio Mamberti e outros.

Estreou em abril de 1966, no Teatro de Arena. Terceiro espetáculo do Grupo Opinião, criado coletivamente por seus integrantes. Oduvaldo Vianna Filho e Ferreira Gullar redigiram o texto final. O protagonista é Roque, um herói popular pobre, que precisa recorrer à própria sagacidade – e adotar muitas vezes medidas ilícitas – para se safar das armadilhas que enfrenta. Com humor, a peça desconstrói normas de conduta, valores burgueses, regras sociais.

frases

  • “Não me peçam que seja inteligente. Muito menos em cinquenta linhas. Menos ainda perante o fascinante espetáculo que vi no Teatro Ruth Escobar – Se Correr o Bicho Pega, Se Ficar o Bicho Come – de Oduvaldo Vianna Filho e Ferreira Gullar. Será pela emoção que chegarei à síntese que exigem do crítico. Uma emoção profunda, poética, quase eufórica. Direi: a comoção que a ‘inteligência’ não deforma, mesmo que seja ainda crítica, porque a arte autêntica, pura, límpida, rebenta todas as comportas e é na emoção que se fixa para sempre.” João Apolinário, 1966. Texto reproduzido no livro de Maria Luiza Teixeira Vasconcelos, “A Crítica de João Apolinário – Memória do Teatro Paulista de 1964 a 1971”.